quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Google e o seu mar de informações...

Bah, vocês já notaram como é difícil fazer uma pesquisa com as crianças no Google???

Nessas horas me pergunto: o que nós professores temos feito para que nossos alunos busquem sempre respostas prontas e tenham medo de navegar em sites que possam ter respostas "erradas"?

Sim meus amigos, acho que a culpa é nossa...muitas vezes é mais fácil trabalhar com o ponto de vista mais aceito, com o que está no livro didático. Muitas vezes nos esquecemos o que realmente é uma interpretação de um texto.

Não sei se acontece com vocês leitores deste blog, mas, comigo, é só propor uma pesquisa no Google para vir aquela enxurrada de perguntas: mas onde é para entrar? O que é que eu tenho que copiar? O que precisa ler???? Isso que eu sempre passava algumas perguntas norteadoras para eles antes de começar o trabalho...hehhe

Tem sido um percurso difícil, mas acho que tenho conseguido que els sejam mais autônomos, sempre incentivando que eles escoham e argumente porque escolheram tal texto. Ao final fazemos um pequeno debate conm as respostas que foram encontradas e trocando pontos de vista. Tem sido interessante!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

crianças X internet: perigo a vista????

Bah, uma coisa que muita gente tem me perguntado é sobre como fazer com as crianças na internet....não é perigoso? A internet tem muitos perigos sim, mas temos que pensar friamente, as crianças não deixarão de usar computadores só porque os adultos não querem! Se você não deixa o seu filho ou aluno comer chocolate ele deixa de comer???

A internet é hoje mais do nunca uma rede de pessoas, as máquinas são apenas um meio de acessá-las. Sabemos que há um mundo de coisas na rede, milhares de informações, conteúdo e etc. podem ser encontrado, mesmo que por acidente. Mas então, como proteger as crianças? Bloqueamos tudo?

Não concordo com o bloqueio, acho que é muito fácil proibir e não esclarecer. É como dizer ao seu filho: não use drogas e não acompanhar a sua vida, achar que essa afirmação vai mudar algo. É importante que os adultos acompanhem as crianças na rede, como um adulto acompanha uma criança na rua. Na rua também há muitos perigos e por isso mesmo, não deixamos as crianças sozinhas. Portanto, deve-se ter o mesmo cuidado com o mundo virtual que as crianças acessam. Tanto professores, quanto os pais devem estar atentos e alertar as crianças sobre estes perigos. Só assim poderemos ter um uso seguro pelas crianças, de forma que elas também aprenderão a se proteger dos dos maus conteúdos na internet...

por hoje é isso pessoal!

Bjs

domingo, 2 de agosto de 2009

Reativando o Blog

Pois é, eu andava meio sem tempo de escrever aqui, mas agora quero reativar esse blog e escrever mais...

Na última semana estive participando do 9º WCCE - World Conference on Computers in Education...pois é, estava bombando.

Lá pude entrar em contato com pessoas de diversos campos do conhecimento da informática na educação. Foi bom para repensar muitas coisas e rever alguns conceitos...confesso que o melhor foi quando me perguntavam "mas e se...", fois nesses "mas e se..." da vida que eu me dava conta de outros pontos de vista e das reais possibilidades de novas práticas na educação.

Por exemplo: Pode um ambiente virtual de aprendizagem contribuir para a criatividade? CRIATIVIDADE??? Sim....criatividade...mas afinal, o que podemos enteder sobre criatividade eu pergunto??? Eu entendo, como piagetiana de carteirinha que sou (hehe), que criatividade é o processo de ação do sujeito que cria uma novidade para si, abrindo novos possíveis e construindo novas estruturas.

Mas voltando aos ambientes como pensar a criatividade através deles?

Pois é...essa pergunta eu ainda não consigo responder, mas esta semana tive algumas idéias...um ambiente virtual pressupõe uma troca de significações entre seu sujeitos. Você deve estar se perguntando: mas as crianças já efetuam trocas antes de chegar ao pensamento operatório formal? Pois bem é um exercício, a partir dos 6 anos de idade a criança passa a descentralizar-se e considerar outros pontos de vista...este é um processo longo, mas muito importante para a criatividade. Nos ambientes virtuais as crianças podem exercitar essa descentração concretamente, através dos registros de seus trabalhos e das opiniões dos colegas que ficam registradas no ambiente.

No WCCE, conheci o professor Ralf Romeike, um professor alemão da universidade de Potsdam, que trabalha com o software Scratch. O que esse software tem de diferente? Ele perminte que as crianças simplesmente criem....jogos, animações, vídeos, histórias....e tudo mais que a imaginação permitir. Apesar de ele não ter experiências com crianças pequenas, pude perceber o quanto foi importante para as crianças da escola onde ele aplicou o software trabalhar de forma livre, aprender através de suas próprias construções e mais, aprender dentro de uma estrutura.

Nos ambientes virtuais mais abertos vejo as mesmas possibilidades. As escolas engessam cada dia mais a criatividade das crianças trazendo conteúdos prontos que simplesmente são transmitidos pelas crianças, como se elas fossem esponjinhas. Um ambiente virtual de aprendizagem baseado em web 2,0 como viemos discutindo neste blog, pode permitir às crianças relações mais abertas com seu próprio saber e com isso trabalhar a partir de sua criatividade...

E vocês, o que acham?

Abraços!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Web 2.0: a salvação do mundo??????????????????

Gente, hoje eu estava fazendo uma pesquisa no google sobre sites que tratassem essa temática e às vezes fico admirada em como, muitas vezes, os autores caem na armadilha de colocarem a informática e mais precisamente, a Web 2.0, como a grande redentora da educação. Parece que o mundo vai ser melhor só por causa disso.

Acredito que a grande contribuição está na abertura de um leque de possibilidade que antes não haviam, mas que dependem muito também da realidade da escola, da prática do professor e também, do quanto estes alunos estão habituados com o trabalho cooperativo. Aí é que na minha opinião está o X da questão.

Por exemplo, eu leciono em uma escola dentro de uma realidade muito pobre, em que as crianças além de estarem viciada em um modelo de educação tecnicista (que tento abrir seus olhos para mais que isso), não estão habituadas nem a usar o computador, nem a trabalhar cooperativamente através dele. Mas posso dizer que um laboratório de informática foi um grande avanço nessa escola. Professores passaram a se perguntar porquê as crianças se interessavam tanto pelas aulas no laboratório de informática e como despertar esse interesse nos conteúdos que trabalhavam. Estas crianças começaram a ser incluidas digitalmente...etc. Mas confesso que meu trabalho ainda não é como o que eu sonhava...com as crianças interagindo e aprendendo virtualmente. Tenho ensinado a elas como usar o computador, como ligar, entrar em sites, navegar autonomamente...sem medo de estragar a máquina. Sinto que estou caminhando para um final feliz...mas este ano ainda não consegui usar estes softwares, mas mesmo assim...o simples uso da máquina já despertou desequilíbrios e questionamentos sobre suas aprendizagens, o que já me deixa muito feliz.

Entretanto, acho que vale a pena destacar que este processo também pode ser despertado sem o uso do computador, ou que eu poderia não despertar nada usando o computador. Por isso, considero que não podemos esquecer que só uma prática pedagógica voltada para a contrução do conhecimento pode tornar a web 2.0 um espaço de criatividade e aprendizagens e naõ apenas mais um veículo de cultura de massa.

Tá, mas e a Web 2.0 no que pode contribuir? Eu digo que na possibilidade de analisarmos as informaçoes presentes, criarmos novas e ainda argumentar sobre elas como o que fazemos neste espaço...